terça-feira, 19 de outubro de 2010

!

Sarau Tropifágico : Conexão Rio - Bahia - Shows e outras artes - Em busca de um hibridismo de linguagem.







Prólogo:




O projeto nasce por um ideário comum envolvendo a Antropofagia, a Tropicália e a Contra-Cultura, abarcando a relação entre estética, política e cultura, na dimensão da vida e da contingência histórica.

Uma certa afeição por esse universo aproxima pessoas para reunir, congregar, propor, estar, ser, experimentar.

Estas afinidades imbricadas, perpassadas em uma juventude plural e atual, começaram a construir uma teia comum de pensamentos e atitudes em artistas, produtores, jovens, estudantes, e pessoas de modo geral. O Sarau é uma possibilidade de mistura de sementes, de autonomias, de singularidades. Para ver o resultado.

O desbunde, a transgressão comportamental, a afetividade, a subjetividade, e toda uma gama envolvendo também psicodelia, expansão de consciência a partir do uso de enteogenos, e direitos civis de todos, estão no grande campo que conecta o debate cultural, estético e político e assim as contingências históricas brotadas desta vasta seara no tempo. Por esse viés se dá a concepção quista .

A partir do Manifesto da Juventude Tropicalista, começou a nascer projetos que visam provocar pequenas sementes de prazeres e quereres, em que há encontros conectados numa alteridade plena e identitária. Os afetos, o diálogo das subjetividades, o respeito as interpretações em sua autenticidade e autonomia, e a realização do gozo. Gozo como espasmo social. Espasmo que nasce da responsabilidade para com a vida e para com o outro. Agora de sujeito para sujeito. Sem objetos observadores.

Democracia? Ou assim ou de jeito nenhum.

A revolução, talvez se dê, pela maneira de acontecer, e esta, acreditamos, é de singularidades, de cada ser, humano, do cidadão, de sua existência, de sua história de vida,e daí de uma “real” tomada de consciência( racional, emocional, etc...),fortalecida pelo coletivo, pela nação, pelo mundo, pelo povo, através da impetração dos movimentos sociais, das políticas progressistas, e das pessoas de maneira indistinta. Para singularidades, não há padrões. Quiçá normas.

Alguém ainda “prega” que razão é só mente ou que emoção é só corpo? Para esse paradigma, novas resignificações da política, da religião, da filosofia,da ciência e da própria vida.


Instantes, momentos, aquis e agoras saudados pela estética e poética comprometidas e libertárias. De micro e Macro políticas. Sempre em horizonte. Nunca impostas ou verticais. Afinal, ou se está em consonância com os direitos civis, e com a cultura plural, ou é necessária uma revisão vital.

Faz-se a seguinte conclusão: Cultura nada mais é que saúde mental e educação afetiva. Daí a transversalidade. Um pouco de arte e de antropologia fazem bem a qualquer indíviduo-cidadão




Este projeto é a realização de um Sarau híbrido, com realização de um show, uma performance, exibição de curtas, recitação de poemas, Momento de Improviso Livre e DJ no Espaço Multifoco, localizado na Av. Mem de Sá. Um espaço ocupado por artistas, produtores, estudantes, jovens, e por pessoas de modo geral.