quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Híbrido e o Predominante

Grande parte da experimentação e investigação artística, em termos significativos, tem acontecido no interior de um estilo híbrido e conectado com a integralidade das linguagens. Em toda a expressão que se desdobre, há traços curiosos de uma fusão elementar e complementar. Som, palavra,imagem, movimento, corpo, fundam-se numa poética agudamente interessada em descortinar fronteiras e revelaram-se mutuamente simbióticas, num pacto estético e catártico.


Na década de 60, com o afloramento da Performance, não se limitando a desenvolver um campo expressivo, esse movimento começa a influenciar sutilmente as linguagens tradicionais, imbuindo-as de uma poder ampliador e de notório interesse por áreas similares. Daí por diante, nasce perspectivas denomidadas: Dança-Teatro,Música Cênica,Artes Performáticas, etc ...


O olhar contemporâneo em âmbitos macro e micro, diz respeito a um diálogo sincero e aproximador com a diversidade. Em termos artísticos, importante observar que não há uma perda do caratér identitário e ontológico com relação a essas novas denominações ou escolas. Coerente observar, que o genuíno, desta nova forma, é que há uma predominância dentro dessas poéticas. O híbrido não está numa mistura em doses equivalentes. Mas numa direção que insere dentro de uma identidade autônoma, influências de outras.


As linguagens tradicionais absorvem para si, recursos das outras, de modo a enriquecer o caratér expressivo e alcançar uma complementaridade estética. Na Música por exemplo, nasce o cantor intérprete, em um cruzumento entre a poética do ator e do cantor.

Sempre há um ponto de partida, uma linguagem mãe. É nela, que uma vastidão de outras, penetram, trazendo sua marca, sua influência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário