sábado, 9 de abril de 2011

Ministério da Cultura

Minhas impressões sobre os Pontos Principais e a continuidade das políticas públicas:


Reforma da LDA - É importante que o artista tenha o direito a licença de sua obra e seja o retentor dela. Com a realidade digital, é importante democratizar o acesso, e ao mesmo tempo garantir a remuneração do autor...Não deve haver contradição entre ampliar o alcance da obra ( visando que ela possa ser acessada por mais pessoas), e garantir a subsistência financeira do autor.
O problema, no caso da música por exemplo, são os cálculos envolvidos na distribuição, e o monopólio das grandes gravadoras, que estão se vendo em crise, e estão mantendo esta hegemonia a partir das parcerias e dos cálculos propostos pelo ECAD, não repassando por vezes, a totalidade dos direitos a pequenos artistas e aos que estão dentro de um modo alternativo de produção !

Pro-Cultura - É urgente a necessidade de dar legitimidade e subsídio para o Fundo Nacional de Cultura através dos Fundos Setoriais, revendo a Lei Rouanet e o vício das empresas privadas através do patrocínio com isenção de impostos... Isso democratizará os meios de produção, possibilitando que pequenos e médios artistas tenham espaço, e também tornará o investimento oriundo de fonte pública, e não mais de instituições privadas, visto que esse dinheiro, em sua origem, já é público.

Cultura VIVA - O programa é um dos mais inteligentes em termos de proposta de Governo. Os Pontos de Cultura se revelaram incrivelmente eficazes na consagração da autonomia dos agentes sociais, e na relação de investimento para dinamização das instituições contempladas. O seu caráter ainda mais amplo e exitoso, consiste em termos de conveniar tanto espaços de comunidades "periféricas" conferindo estima e protagonismo aos agentes, quanto também espaços públicos de Cultura ( teatros, etc...), permitindo a manutenção destes.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Retorno!

VOLTANDO COM O BLOG!

Atualizando-os a partir da Pesquisa de TCC e dos últimos acontecimentos envolvendo as Políticas Culturais -

Aproveitando o ensejo e o retorno ao Rio de Janeiro!

Axé

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Processo de Ocupação- Criativa


CENA TROPIFÁGICA



ONDE: EDITORA MULTIFOCO- AV.MEM DE SÁ, 126

QUANDO: 27 DE NOVEMBRO- 23 Hrs ( Após show de Céu e Otto nos Arcos da Lapa)

QUANTO: 10 R$.




Plataforma virtual:

http://www.facebook.com/profile.php?id=1385514434&v=photos#!/event.php?eid=124323777626807

www.cenatropifagica.wordpress.com




O QUE: OCUPAÇÃO ARTÍSTICA – HÍBRIDA- Intervenção de Rua, Roda de Música, Show Conexão Rio-Bahia, Performance, Vídeo, Festa, Cachaça, Improviso Livre , Tribuna Aberta, Rede social.




Entre a Antropofagia, a Contra Cultura e a Tropicália,resta o caminho da síntese,convergindo idéias entre cultura, estética e política, realizando assim, processos de aproximações, confraternizações e singularidades.




A Tropifagia, come o país tropical, Brasil, e propõe mediante a rede artística, a universalização da cultura e da arte,enquanto prática antropológica e sensível,na diversidade total da mistura e miscigenação instrumental de todo e qualquer elemento e conjectura estética, poética e política. Da tradição para o hibridismo formal e de conteúdo,visando assimilar o marginal, o subversivo, e a composição das vanguardas artísticas em termos de história e comportamento dentro da cultura brasileira. Espaço de ocupação e experimento. Demolição de qualquer limite espacial e filosófico. Política de multidão. A Cultura como espaço livre de circulação e influência.
Multiculturalismo. Encontrados juntos, o nacionalismo e o internacionalismo. Brasilidade no peito, mente no mundo. A internet aboliu a distância. “You may say a dreammer. “But I'm not the only one”. Se a antropofagia desejou a fusão, a junção de sementes ,a regionalização de componentes não próprios, a Tropicália materializou-a por fim na guitarra
elétrica, e a contemporaneidade, mais do que em suas inovações de linguagem,
reflete a continuidade dessa linha de pensamento e atitude. Somos filhos desse tempo histórico recente. Temos essa herança…
A ferramenta democrática é a liberdade e a criação não deve ser cerceada e nem ideologizada.




Trocando em miúdos, tudo é Brasil, Brasil é o mundo. ÊA JAH




ARTISTAS:




Thiago Pondé – Baiano,Cantor- Intérprete, Produtor, Ator e Estudante de Filosofia. Teve a ideia e reuniu a galera. Fará parte do Show Conexão Rio Bahia. Conta com a colaboração e ida de todos, para o bem do saldo que esse primeiro processo dará.




Silas Giron – Baiano, Compositor, Cantor. Músico do Show Conexão Rio Bahia e é o Rasta loiro da galera. Conexão Copacabana- Praia do Buracão.




Cássia Olival- Carioca, Produtora, Articuladora, e responsável pelas parcerias e apoios da ocupação- processo. Produtora, pensa que é louca de ter escolhido essa profissão.




Rafael Pondé- Baiano, Músico, Produtor Musical, residente na Cidade Maravilhosa e ultimamente em curso com produções internacionais. Músico do Show Conexão Rio-Bahia. Dono da guitarra tropifágica.




Gabriel Pardal – Baiano, Ator e Homem Multimídia. Pratica atividades em que a criatividade seja participativa: salto com Cortázar, nado Melville, revezamento Doistoévski-Lispector, virada beatnik, e por aí vai. Residente no Rio de Janeiro também. Performance: Sorria você está sendo Filmado. Criador da arte do cartaz .




Hélio Rodrigues – Carioca, Cineasta, diretor do Filme Via de Poesia que será exibido. Diz ele que a Manguetofagia é uma revolução única na estética e no hibridismo poético. Percebe-se seu estado de reivindicador quando se pronuncia no coletivo. Conexão Novíssimo Baiano Carioca.




Francisco Thiago- Cearense. Ator e Dançarino. Adora Elis, Gal, Roberto, Gil, Caetano, Clarice, Neruda, Beatles, Bob Marley, axé, Machado de Assis, Lobato, Baby, Rita Lee, Caio, sorvete de cajá, clube da esquina, Minas, caipirinha, cerveja gelada, Gonzagão, Chico e qualquer coisa mais que me desequilibra. PERFORMANCE: Grito mudo ou Pequena explosão de passarinho




Laryssa França – Carioca,Dançarina, menina, Frida. Estudante de Filosofia e Dança Contemporânea, vem buscando mesclar as atividades teatrais a todos os âmbitos de arte: a poesia e a música, artes plásticas e artes cênicas. Com tão pouca idade Laryssa passa por cada segmento sem deixar a desejar. “Viva la Bruja”! Vem Frida Kahlo.




Felipe Salgado- Carioca,23 anos, jornalista, poeta e ator. Pensador de tudo e doutor em nada. Manguetofágico e Performático. Recitará e virá.




Maurício Chiari- Paulista e Pernambucano, músico, produtor musical, e proprietário do Amarelo Estúdio. Salve o receptor de encontros marcantes no Primeiro Andar do Amarelo, espaço de convivência artística. Baterista no Conexão Rio-Bahia.




Cynthia Reis- Carioca e entulhará com um vídeo. O amor e todas as suas lembranças. História de Vida. Bem vinda, Cynthia.



Fábio Cerqueira- Carioca, nascido em Laranjeiras no estado do Rio de Janeiro em 05/11/1978, cresceu entre Tijuca e Grajaú, bairros do zona Norte carioca, residente na cidade do Rio de Janeiro, artista plástico auto-didata,ilustrador e Designer. Atualmente divulga seu trabalho através do graffiti, onde convive com diferentes realidades

Patrick- Gaúcho. Baixista na baianidade- fluminense e carioca. Dizem que tem o groove.



Godô- Mineiro, Palhaço de Rua, macaqueiro e pregoeiro. Vem com sua Bufonaria e adjacências




2 atores da Cia Mystérios e Novidades- Cariocas. Conceição e seu par. Perna de Pau presente na Intervenção de Rua. Momento sublime e pleno da noite. Ao raiar de Otto e Céu.




Divulguem e participem.







Evoé!
Saravá!







Cena Tropifágica,

25 de novembro de 2010.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Artes Cênicas


Sétima Bienal da UNE-


Na VII edição da Bienal, começa a se desenhar o espaço de Artes Cênicas e todo seu formato e programação. Única área da Bienal que aglutina três linguagens, esta, coordenada por mim, Thiago Pondé, se insere de maneira definitiva, não só na adequação ao tema geral, como também com certo equilíbrio entre as próprias linguagens que a compõe.

Sendo composta por oficinas, mostras e debate, a programação contempla tantos profissionais envolvidos em pesquisa, quanto os Pontos de Cultura com trabalho significativo na área.
De antemão, já se prevê uma oficina de acrobacia e outra de dança popular. Todas abertas a um público interessado em ter um contato inicial com o Circo e a Dança.

No debate, uma conversa sobre a interseção e fronteira é prevista. O modo poético de produção e as ferramentas técnicas disponíveis, além de certo caráter híbrido das produções atuais.

Por fim, na Mostra Selecionada por convite, a presença da Cia de Mystérios e Novidades, com o espetáculo a “Chegança do Almirante Negro na Pequena África”, relatando a Revolta da Chibata e a história da Zona Portuária, espaço contemplado e importante também para a história do Samba, tema da Bienal.

Outro espetáculo, em processo de negociação, é em homenagem ao compositor Candeia, ilustre carioca do morro, e representante do samba de raiz.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Fanfarra das Artes

Um dos realizadores do Cena Tropifágica:


CULTURA.EDUCAÇÃO

Considerações sobre Cultura e Educação:

Tópicos, idéias, reflexões:



- Em uma perspectiva mais ampla, a educação não formal, vivenciada em espaços que não tem como protagonismo a sala de aula ou que ainda resignifiquem a sala de aula como espaço de ensino, tem uma conexão vital e embrionária com a Cultura e com toda a contingência antropológica. É inegável que as experiências dos Pontos de Cultura envolvem uma iniciativa integrada e transversal. Esta visão está conectada com uma idéia maior, levada e considerada durante a última gestão do MINC, que é a Diversidade.

Este "conceito" bastante utilizado em grande parte dos discursos de articuladores, políticos, agentes de cultura, artistas, incluem uma síntese formal com a proposta pedagógica e com as ferramentas formuladoras das políticas públicas de Educação. Desdobrando metodologicamente e tecnicamente, contemplada pela fala de Gilberto Gil durante uma conversa com o CUCA, o modo de aprendizado, a vivência relativizada de contéudo, ou a idéia de ludicidade tão contemplada nos estudos contemporâneos sobre Educação, a traz ainda mais próximo para o universo da Cultura.

Exemplo: O adequamento da proposta pedagógica do "meio" rural, a partir de conteúdos e vivências locais. Melhor dizendo, porque a escola rural não possui uma disciplina Agricultura ou Pecuária ou Permacultura? Porque a Cultura local não é a idéia chave no pensamento de construção do contéudo e formato das políticas públicas de Educação? -

Obviamente que o desafio relatado por essa aparente segmentação, envolve cada comunidade requerida, sua forma de construção pedagógica, seu método de "ensino" e-ou vivência. Esta questão é crucial, principalmente pela consciência surgida em termos de grandeza, proporção e identidade cultural brasileira.

Ademais, sendo a contemporaneidade mote para idéias interdisciplinares, transversais e integradas, é importante a revisão de cada linha ou área crucial e suas sucessivas ligações associativas.
A Cultura e Educação não devem ser fragmentadas em sua concepção vital, pois além de serem um eixo de potencialização e desenvolvimento estratégico, estão desde o berço da pré-história da humanidade conectadas em sua experiência primeira e anteriores a proposta modernista de especialização e de educação como espaço escolar e sala de aula apenas, estando seu viés antropológico e comunitário como principal forma de formulação....

CENA TROPIFÁGICA

Espaço de Experimentação Artística